15 de outubro de 2014

Estudo do CPDEC aponta que a voz transmite liderança e até inteligência

Da Redação

lcpdec

Dependendo das características da sua voz, você pode ser percebido no seu ambiente de trabalho como mais ou menos sociável, inteligente, competente ou até pronto para ser chefe. A conclusão é de uma nova pesquisa lançada pelo CPDEC (Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Educação Continuada), que ouviu 400 executivos de empresas brasileiras de grande porte. O estudo mostrou que 90% dos profissionais reconhecem a influência positiva ou negativa da voz para a imagem que fazemos uns dos outros no ambiente corporativo.

Segundo Rosângela Curvo Leite, coordenadora da pesquisa, a voz é uma das principais ferramentas de comunicação, tanto na esfera profissional quanto na pessoal. “Ela reflete o estado de espírito, o humor, as emoções e outros aspectos psicológicos”, afirma a fonoaudióloga.

Ingrediente importante na composição da sua imagem pessoal, o som da fala de um indivíduo pode influenciar os rumos da sua carreira, segundo os executivos ouvidos pelo CPDEC. Para eles, as principais funções desse elemento são incrementar o marketing pessoal (82,6%), prender a atenção do interlocutor (81,9%), facilitar as relações interpessoais (64,6%), ajudar em uma entrevista de emprego (63,9%) e transmitir competência profissional (52,6%).
INTERPRETAÇÕES

A influência desse elemento para a imagem pessoal não é ignorado pelos executivos ouvidos na pesquisa: para 58,7% dos entrevistados, as características vocais de um profissional refletem sua personalidade. Outros traços pessoais que os entrevistados também costumam inferir pela voz são passividade (79,9%), liderança (77,5%), sociabilidade (57,9%), competência profissional (52,6%) e até inteligência (20,5%).

Rosângela explica que as impressões que cada tipo de voz pode causar são inteiramente subjetivas, ligadas a referências individuais que são colecionadas ao longo da vida. “Vozes vibrantes, por exemplo, são comumente associadas à capacidade de persuasão do indivíduo; as graves são relacionadas ao autoritarismo; as agudas, à fragilidade”, ilustra Rosângela.

Estados de ânimo também não passam despercebidos pelos ouvidos: a voz entrega se estamos nervosos (97,8%), cansados (92,6%) ou bem-humorados (92,6%).

OUVIDOS IRRITADOS

É comum, porém, que algumas características vocais do outro – como timbre, modulação ou intensidade – não agradem. A voz que mais causa incômodo é a estridente, citada por mais de 74% dos entrevistados. Veja a tabela a seguir com os tipos que causam mais irritação:

 

Tipo de voz % que o considera muito incômodo
Estridente 74,40%
Aguda (fina) 45,70%
Forte 36,70%
Instável 34,50%
Hipernasal 32,70%
Fraca 31,10%
Rouca 14,30%
Grave (grossa) 6,10%

 

O estudo ainda revelou que a maioria dos executivos entrevistados, ou 66,5% deles, não está totalmente satisfeita com a sua voz. Para 54,7%, suas características vocais chegam a atrapalhar o entendimento de sua fala.

Existe saída? Segundo a fonoaudióloga que coordenou a pesquisa, algumas características vocais são determinadas pela genética e não podem ser mudadas de forma permanente. Mesmo assim, algumas providências podem ser tomadas para garantir uma melhor produção vocal.

“Existem técnicas que trabalham respiração, postura e intensidade, por exemplo, que podem contribuir para diminuir a aspereza, a rouquidão e o tremor da voz”, afirma ela. Um hábito simples que também ajuda, segundo Rosângela, é beber água várias vezes ao dia para garantir a hidratação das pregas vocais.

Fonte: Exame.com

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