19 de novembro de 2024
09 de julho de 2019
Farmácia online ainda não é realidade
Considerado por diversos especialistas do mercado como um caminho para o futuro do varejo farmacêutico, a farmácia online nesse setor ainda está longe de ser uma realidade, segundo resultados da Pesquisa de Comportamento do Cliente na Farmácia 2019, realizada pelo IFEPEC.
Os números apontam que esse tipo de compra vem apresentando uma insignificante representatividade, no segmento. Quando perguntados se já compraram medicamentos pela Internet: 97,98% afirmaram que nunca fizeram, 1,25% falaram que raramente fazem e apenas 0,78% possuem frequência nesse tipo de compra.
“Esse é um dado muito importante, mostra mais uma vez a distância existente em debates que observamos no mercado em relação a realidade. Hoje o cliente ainda é muito fiel às farmácias. Isso se dá por alguns motivos, como o fato de existir farmácias sempre próximas às pessoas e também por ser um produto que demanda um certo imediatismo. Assim, a médio e curto prazo a venda de medicamentos por meio de farmácia online não se mostra viável”, analisa Edison Tamascia, presidente do Febrafar.
Prescrição na mão?
Ponto relevante abordado na pesquisa é que 80,68% não portava prescrição na hora da compra, 13,53% portava a prescrição e 1,65% possuía apenas parcialmente. Contudo, por mais que essa questão possa levar ao entendimento de que as pessoas compram medicamentos sem receita, é fundamental observar que isso não é uma realidade absoluta.
Hoje, grande parte da população faz uso de medicamentos contínuos, que foram prescritos por médicos e que não exigem receita na hora da reposição. Esse grupo não faz tratamento de forma errada, muito pelo contrário, se preocupam em seguir a fundo as recomendações passadas durante a consulta médica.
Sobre a pesquisa
A pesquisa coordenada pelo IFEPEC (Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa) em parceria com o NEIT – Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia, do Instituto de Economia da Unicamp, entrevistou 4 mil clientes. Estes foram selecionados de acordo com os agrupamentos do mercado farmacêutico, isto é: Abrafarma, Outras Redes Corporativas, Febrafar, Outros Agrupamentos e Farmácias do segmento Independentes. Os clientes foram entrevistados no momento que saíam das farmácias nas quais efetuaram a compra.