20 de março de 2014

Novartis quer dobrar de tamanho em cinco anos e planeja investir R$ 1,5 bilhão no Brasil

Da Redação
Com o Brasil posicionado entre os sete países mais relevantes em seus negócios globais, a multinacional Novartis tem a meta de dobrar de tamanho no país em cinco anos. Para isso, a matriz na Suíça planeja investimentos de R$ 1,5 bilhão para a unidade brasileira neste ano.

Após o remanejamento na área de produtos maduros anunciado recentemente, os recursos serão direcionados principalmente para tocar a estratégia de expansão em inovação: ampliar presença em medicamentos biológicos e vacinas, trazer com mais agilidade os produtos desenvolvidos no exterior, além de aprofundar as parcerias com o governo brasileiro.

“Mais de 30% das nossas vendas no Brasil já são representadas por produtos novos, lançados nos últimos anos. A maneira que vemos de alavancar os negócios da empresa aqui é trazendo drogas inovadoras, para doenças ainda não assistidas”, afirma o presidente da Novartis Brasil, Adib Jacob.

Recentemente, a empresa anunciou a transferência de sua fábrica em Taboão da Serra (SP) para a farmacêutica nacional União Química. Pelo acordo, a União Química assume as instalações e ficará responsável pela produção e pelo fornecimento dos medicamentos da Novartis, que se encarregará do armazenamento e da distribuição dos produtos.

Essa unidade tem um portfólio de cerca de 20 produtos, quase todos de prescrição. São medicamentos maduros, como o anti-inflamatório Cataflan e o Diovan (hipertensão). No auge, a fábrica chegou a produzir 20 milhões de caixinhas de medicamentos. “A planta tem capacidade para produzir mais do que está produzindo hoje. A parceria permitirá que sua capacidade produtiva seja otimizada”, explicou Jacob. Segundo ele, a Novartis optou por não ampliar a produção de medicamentos no local por já ter outras unidades fazendo estes produtos ao redor do mundo.

Com faturamento anual de R$ 3 bilhões, a subsidiária atua em seis áreas: farmacêutica, genéricos (com a Sandoz), oftalmologia (com a Alcon), saúde do consumidor, vacinas e saúde animal. A divisão farmacêutica representa cerca de metade dos negócios, sendo que os produtos maduros representam 15% das vendas desta divisão no país. “Não é um desinvestimento. Todos os nossos produtos continuarão sendo produzidos na fábrica”, ressaltou o executivo.

Dentre as cinco fábricas da subsidiária, a de Taboão da Serra é a maior em volume de produção até agora. Em Cambé (PR), a empresa produz os genéricos, enquanto em Rezende (RJ) faz insumos para os medicamentos. Em São Paulo tem duas unidades de produtos veterinários e oftalmológicos.

Segundo Jacob, o braço de genéricos e similares da empresa (a Sandoz) cresce mais de 30% ao ano no Brasil e representa cerca de 20% do faturamento da subsidiária.
Fonte: Valor Econômico

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