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24 de julho de 2024
26 de fevereiro de 2013
Da Redação
Como parte da estratégia de fortalecer suas marcas e ampliar a produção e distribuição de medicamentos, o Grupo Hypermarcas inaugurou um moderno complexo industrial em Anápolis (GO). A partir de um aporte de R$ 250 milhões, a estrutura, pertencente à divisão Brainfarma, produzirá mais de seis bilhões de comprimidos por ano, o triplo da capacidade anterior do complexo, que agora passa a ter capacidade máxima instalada para produzir 10 bilhões. “A divisão farma representa mais de 50% das vendas do grupo, investimos mais de R$ 500 milhões em tecnologia, produtos e estrutura dessa divisão”, disse Claudio Bergamo, presidente da Hypermarcas.
Bergamo explica que o foco da companhia é concentrar em uma única região as operações de cada divisão. Assim, em Anápolis está toda a divisão de fármacos, nas operações da Brainfarma, subsidiária do grupo, enquanto a divisão de consumo está na cidade de Senador Canedo (GO). “Ao centralizar, temos ganhos de escala e competitividade, o que nos possibilita ser mais fortes também”.
A unidade de Anápolis foi adquirida em 2009, quando a Hypermarcas, no auge de suas aquisições, comprou a Neo Química, por R$ 1,3 bilhão. Este negócio transformou o grupo no terceiro maior laboratório de capital brasileiro e um dos líderes no mercado de medicamentos genéricos e sem prescrição. Entre as marcas produzidas no complexo estão Apracur, Atroveran, Benegripe, Biotônico Fontoura, Doril, Engov, Gelol, entre outros.
Ao longo dos últimos anos, a companhia fez 23 aquisições, incluindo nomes de peso do mercado, como o laboratório brasileiro Mantecorp, adquirido em 2010 por R$ 2,5 bilhões. “No momento, não está no nosso foco fazer novas compras, estamos concentrados em fomentar o crescimento rentável e sustentável das operações que já temos”, diz Bergamo.
Em dez anos, a companhia aumentou em 52 vezes o seu faturamento. Em 2011, a receita do grupo fechou em R$ 3,3 bilhões, crescimento de 19,1% em relação a 2010. No terceiro trimestre do ano passado, a divisão farmácias cresceu 40%, enquanto a de consumo teve alta de 2,2%. Para seguir com a estratégia de crescimento, a companhia vem investindo em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, com um centro de inovação em Alphaville, região metropolitana de São Paulo, para a divisão de consumo e outro em Anápolis, para os produtos farmacêuticos. “Também investimos 20% do nosso faturamento em marketing, outro ponto fundamental para sustentar nosso crescimento”, diz.
Uma parte importante desse investimento está em ações comerciais, como foi o caso do patrocínio da Neo Química ao Corinthians, por dois anos. Além disso, Ronaldo Nazário, o “Fenômeno”, é garoto propaganda da própria Neo Química, mas também das marcas Benegripe e Bozzano. “Estou muito feliz em fazer parte dessa família e de compartilhar desse momento de crescimento da companhia”, declarou o ex-atleta durante cerimônia de inauguração do novo complexo.
Dos laboratórios, saem produtos inovadores, como é o caso do novo adoçante ZeroCal Sucralose, um produto cujo princípio ativo é feito à base de cana-de-açúcar. “É um produto com conceito mais saudável, e uma parcela da população brasileira já está disposta a pagar mais por produtos como este”, explica.
Na opinião de Bergamo, o mercado brasileiro de saúde e também o de bem-estar devem continuar crescendo ao redor de 11% nos próximos dez anos, dando continuidade ao crescimento verificado nos últimos dois anos. “O Brasil mudou. Hoje o consumidor quer novidades e está disposto a pagar mais, desde que você tenha um produto de qualidade e com um valor justo”, avalia. Ele explica que, enquanto outros setores da economia têm sofrido com a desaceleração, os setores de fármacos e consumo seguem e crescimento, puxado pela melhora da renda e da geração de emprego. “Existe uma demanda reprimida por esses produtos, especialmente por parte da nova classe média”, diz.
Fonte: Brasil Econômico
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