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24 de julho de 2024
01 de outubro de 2013
Da Redação
Quase a metade da população brasileira está online. Em 2010, eram 77 milhões; no ano passado, foram 94,2 milhões. O faturamento do e-commerce cresceu numa proporção ainda maior. Em 2010 as vendas pela internet somaram R$ 14,8 bilhões. Este ano, deverão chegar a R$ 28 bilhões, com 45 milhões de compradores. Só no primeiro semestre o faturamento foi de R$ 12,7 bilhões, 24% maior do que no mesmo período de 2012.
A quantidade de pedidos feitos pela web aumentou 20%, chegando a 35,54 milhões, com tíquete médio de R$ 354,49, contra um tíquete médio de US$ 73 no mundo, segundo o relatório WebShoppers, do e-Bit.
O conjunto formado por cosméticos. perfumaria, cuidados pessoais e saúde ocupa a terceira posição entre os itens mais comercializados pela web, com 9% das vendas nos primeiros seis meses deste ano, perdendo apenas para moda & acessórios (13,7%) e eletrodomésticos (12,3%). “Apesar do crescimento significativo, acima de 25% ao ano, o comércio eletrônico tem muito o que crescer no Brasil”, diz Pedro Guasti, diretor geral do e-Bit. “O e-commerce responde por não mais do que 3% do total de negócios do varejo”.
Assim como outros especialistas, Guasti enxerga o canal como uma proposta complementar à venda direta. “Um não exclui o outro; pelo contrário, completa”, afirma. No caso específico dos cosméticos e artigos de higiene, a primeira compra exige um comportamento mais consultivo, próprio da venda direta. Já as de reposição, são bem-vindas pela internet, com agilidade e conveniência.
Esta também é a opinião de Leandro Soares, diretor de marketplace do Mercado Livre, uma das plataformas líderes em acesso, que recebe um visitante a cada quatro minutos navegados pelas lojas virtuais. “De 2011 para cá, a categoria saúde e beleza cresceu 70% e passou a ocupar a sexta posição entre os itens mais vendidos”, afirma o executivo. “Nos primeiros nove meses deste ano, expandiu 6,5%, mantendo uma curva ascendente por dois anos seguidos”.
Os produtos relacionados a cuidados com os cabelos representam 29% das vendas na categoria saúde e beleza do Mercado Livre. As subcategorias maquiagem e cuidados com as mãos, como esmaltes, decoração para unhas e acessórios para manicure, vem em seguida, com 18% e 15% respectivamente. Perfumes e fragrâncias representam 14% e cuidados com o corpo, 13%.
“Notamos um grande amadurecimento das vendas no mercado de saúde e beleza em 2012”, diz. “Não vejo a categoria em desvantagem, pelo contrário. O grande desafio enfrentado pelas empresas de cosméticos é o mesmo das demais, ou seja, aumentar o volume de vendas do canal eletrônico não só entre os novos navegadores, mas também entre os brasileiros em geral”.
De acordo com Ênio Klein, diretor geral da consultoria SalesWay Brasil, a categoria beleza leva vantagem porque não enfrenta problemas de numeração, é padronizada. Quando a pessoa conhece o produto fica mais fácil comparar preços e fechar a venda. “A tendência é de os canais porta a porta e e-commerce se integrarem, juntarem forças. Mas não deixarão de existir individualmente pelo próprio perfil dos consumidores”, afirma.
“O certo é que não dá mais para ser monocanal. É preciso estar presente onde o cliente quer comprar e na hora que ele quer comprar”, diz ele. A dificuldade, segundo Klein, está em como estabelecer a remuneração da força de vendas.
Fonte: Valor Econômico
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