02 de julho de 2024

Modelo relacional digitalizado – entenda como se adequar aos novos consumidores dos varejos

Vivemos numa era em que a digitalização rege nossas vidas, transformando radicalmente nossos padrões de consumo em todos os setores, inclusive no varejo. Se observarmos os consumidores hoje, podemos ver claramente essa mudança, com uma crescente demanda por experiências digitais em suas interações com as empresas.

Ao longo dos anos, tenho testemunhado uma evolução nos modelos de relacionamento entre as empresas varejistas e os consumidores. Desde o antigo modelo relacional, que enfatizava o atendimento direto e personalizado, até o modelo transacional, focado em aspectos comerciais como preços e promoções, chegamos agora a um novo cenário: o modelo relacional digitalizado.

Neste novo modelo, a interação com o consumidor é conduzida de forma personalizada e tecnológica, oferecendo serviços e informações online que atendam às suas demandas específicas. A abordagem superficial já não é mais suficiente; a personalização se tornou fundamental. Num mercado altamente competitivo, a diferenciação é a chave para conquistar e manter a fidelidade do cliente.

Uma das características mais marcantes desse novo cenário é a convivência de diferentes gerações no mercado. Desde os Baby Boomers até a recente Geração Alpha, cada grupo apresenta comportamentos de consumo distintos, exigindo uma abordagem flexível por parte das empresas varejistas.

Nesse contexto, torna-se evidente que o crescimento do varejo está intrinsecamente ligado à capacidade de inovação e adaptação das empresas. É crucial que esses estabelecimentos estejam preparados para atender um consumidor cada vez mais digitalizado, investindo em tecnologia e adotando estratégias diferenciadas de atendimento.

Uma reflexão importante se apresenta para muitas empresas: como adquirir tecnologia e ferramentas para se adaptar a esses novos consumidores? Enquanto muitas redes e grupos já estão se ajustando, para empresas independentes, esse caminho pode parecer quase inalcançável, devido aos altos custos envolvidos.

Uma alternativa viável para essas empresas é buscar a união em grupos, como as redes associativistas. Ao se unirem, as empresas independentes podem se beneficiar do esforço conjunto para se adaptarem à nova realidade digital, possibilitando importantes transformações para sobreviverem num mercado cada vez mais competitivo.

Em resumo, a digitalização do consumidor não é apenas uma tendência passageira, mas sim uma realidade que veio para ficar. As empresas que souberem se adaptar a esse novo cenário pavimentarão o caminho para o sucesso e fidelização de clientes.

Edison Tamascia é empresário do setor farmacêutico, com 50 anos de atuação no segmento, palestrante e um dos principais defensores do associativismo do país. Sendo presidente da Febrafar, que congrega 67 redes associativistas e representa mais de 15.000 PDVs, e presidente da Farmarcas, administradora de redes que gerencia mais de 1.500 PDVs, e da Rede Ultra Popular. Também é presidente do conselho administrativo da SP Farma Metropolitana (Rede Super Popular), com dezenas unidades no Estado de São Paulo.

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