09 de outubro de 2024
06 de dezembro de 2021
Febrafar faz reflexão em último ‘A Hora do Mercado’ de 2021
Aconteceu, na tarde da última quinta-feira (2), o último ‘A Hora do Mercado’ do ano com Edison Tamascia, presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar). A live tem como objetivo levar aos associados e parceiros da entidade informações relevantes.
Desta vez, Edison Tamascia fez uma reflexão sobre o ano de 2021 e sobre o que é preciso para que as farmácias associativistas continuem prosperando no futuro: “O Brasil tem atualmente mais de 85 mil farmácias. Todas elas são diferentes, mas têm as mesmas possibilidades de vender medicamento, que é um produto commodity, ou seja, disponível para compra por qualquer empresa que tenha CNPJ”, afirmou.
Mudanças são essenciais
Nessa perspectiva, as farmácias devem ter como missão encontrar um jeito de se diferenciar das outras, levando em consideração a experiência do consumidor. O presidente da Febrafar explica que o mercado está em constante mudança, significando que as empresas que se destacam hoje podem não ter sucesso no futuro caso não se adequem às necessidades do público e do mercado.
“É preciso entender que quando implementamos um novo processo, nem sempre sabemos se os resultados serão positivos. Mas é preciso plantar a semente hoje para colher os frutos nem que seja em um mês, um ano ou cinco anos”, disse Edison Tamascia.
Movimentação do mercado
Dados da IQVIA mostram que as 85.433 farmácias em solo brasileiro tiveram um faturamento de R$ 148,49 bilhões nos últimos 12 meses terminados em setembro de 2021. Analisando por subcanais, as 8.722 lojas da Abrafarma faturaram R$ 65,21 bilhões; as 52.347 farmácias independentes movimentaram R$ 35,50 bilhões; as 12.332 associadas à Febrafar faturaram R$ 19,02 milhões; as 6.939 farmácias que pertencem a outros tipos de associativismo e franquias chegaram a R$ 9,67 bilhões; e as 5.093 lojas de outras redes tiveram R$ 19,09 bilhões de faturamento.
Tamascia comentou sobre a participação do associativismo nos últimos cinco anos: “Em 2017, a Febrafar representava apenas 11,8% do total das 76.488 farmácias do país. Hoje somos 14,4% do total. As outras empresas associativistas representavam 7,1% e, hoje, são 8,1%. Estamos indo na contramão das redes corporativas, que caíram 0,4%, chegando a 16,2% e das independentes, que caíram 3,2%, chegando a 61,3% do total”.
Espaço para associativismo
Somando o total de farmácias que pertencem ao modelo associativista, chega-se ao número de 19,5 mil lojas que correspondem a quase 20% do varejo farmacêutico. Segundo o empreendedor, ainda há muito espaço para crescimento: “É inadmissível que farmácias ainda escolham comprar sozinhas em vez de terem as melhores condições de compra em grupo. O mercado farmacêutico vai continuar crescendo acima do mercado geral por muito tempo, então é preciso aproveitar essa oportunidade”, refletiu o presidente da Febrafar.
Existem muitas razões para o bom crescimento. Além da essencialidade dos medicamentos na cesta de compras da população, o Brasil lida com muitas patologias epidêmicas – dengue, zika, H1NI1 – que precisam de tratamento, criando possibilidades para ampliação de categorias e melhora de mix. Há ainda a certeza do aumento da população idosa no país, o que demandará mais medicamentos para doenças crônicas.
Tecnologia é o caminho para Edison Tamascia
Para dar conta de tudo isso, é fundamental encarar a tecnologia como aliada nos processos e operações da empresa. “A tecnologia vai muito além do e-commerce e do marketplace. Ela pode aumentar a produtividade e potencializar resultados e, por isso, deve ocupar lugar central nas organizações”, reforçou Edison Tamascia.
Um exemplo disso é o Programa de Estratégias Competitivas (PEC) da Febrafar, o programa de fidelidade surgido entre 2010 e 2011. Buscando atualizá-lo, em 2016, foi criado um aplicativo para facilitar o acesso dos clientes às ofertas e, em fevereiro de 2022, será lançado o e-delivery.
“Todos temos que estar atentos ao que virá a seguir. Existe a previsão de que 25 mil farmácias das que estão abertas hoje não estarão funcionando dentro de cinco anos. Não queremos fazer parte deste grupo”, finalizou Tamascia.
Fonte – Revista da Farmácia